Ela pode não ter sido tecnicamente perfeita, como nos velhos tempos, pois ficou a dois décimos da perfeição. No entanto foi mais vibrante e valente para reencontrar o caminho da vitória, esquecido há 22 anos, desde quando subiu pela última vez no degrau mais alto do pódio – foi em 2001, com um enredo de Rosa Magalhães sobre a cana-de-açúcar.
Ao conquistar o campeonato de 2023 de forma brilhante, com um enredo que tentava buscar uma explicação para o pós-vida de Lampião, o Rei do Cangaço, a Imperatriz Leopoldinense liderou a apuração de ponta a ponta, não permitindo que suas principais rivais encostassem. Venceu com 269,8 pontos, com 0,1 (um décimo de vantagem sobre a vice-campeã, Unidos do Viradouro (269,7 pontos) e 0,5 (cinco décimos) sobre a Vila Isabel (269,3 pontos) de Paulo Barros, terceira colocada.
A Beija-Flor de Nilópolis ficou em quarto lugar, com 269,2 pontos; a Mangueira, em quinto, com 269,1; e a Grande Rio, em sexto, com 268,6. As seis primeiras colocadas voltarão à Sapucaí no próximo Sábado, 25, para o Desfile das Campeãs.
Último colocado do Grupo Especial, o Império Serrano retornou à Série Ouro, de onde subiu, no ano passado, com um enredo assinado por Leandro Vieira – o mesmo carnavalesco que deu a tão sonhada vitória à Imperatriz Leopoldinense, com “O aperreio do cabra que o Excomungado tratou com má-querença e o Santíssimo não deu guarida”.
A Mocidade Independente foi a única Escola a sofrer uma penalidade regulamentar. Foi multada em R$ 60 mil por não haver retirado suas alegorias da área de dispersão no período estipulado.
A Unidos do Porto da Pedra foi a campeã da Série Ouro e subiu para o Grupo Especial, onde desfilará, em 2024.