IMPERATRIZ
Situada na Rua Professor Lacê, próximo à estação de Ramos, a Imperatriz traz na sua bandeira os laços de identidade com a comunidade dos bairros da Leopoldina. Ao contrário do que muitos pensam, a coleção de estrelas enfileiradas não representam títulos conquistados, mas as estações ferroviárias que compõem a antiga malha suburbana.
SAMBA-ENREDO
"Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da Cigana Esmeralda"
Autores: Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Jorge Goulart, Sílvio Mesquita, Carlinhos Niterói, Bello, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Miguel da Imperatriz, Antônio Crescente,
Renne Barbosa e Me Leva
Intérprete: Pitty de Menezes
Ê Cigana, a caravana está em festa
Tem fogueira, dança e seresta
Nesta avenida da ilusão
Ao som de violão e violino
O verso da mais pura inspiração
Descobri seu testamento e fiz um manual
Sonhei a vida feito carnaval
Em devaneios e magia
Cerquei por todos os lados,
Riscando a fé no talão
Apostei na coroa e no coração
O Destino é traçado na palma da mão
E a vida se equilibra em cada linha
Andarilho, sonhador
Na corda bamba do amor
Encontrei minha rainha
Olhei o céu no infinito da constelação
A noite, o véu, eu vi os astros na imensidão
Fui sob a luz das estrelas
Buscar a certeza da minha direção
Ê luar de balançar maré
Meu cantar é um sinal de fé
Prenúncio da sina da minha escola
O Sol beija a lua no espelho do mar
Já está marcado no meu calendário
Verde-Esmeralda é vitória que virá
O que é meu é da cigana, o que é dela não é meu
Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu
Vai clarear... Olha o povo cantando na rua
A Imperatriz desfila com a sorte virada pra lua
ENREDO
Com a sorte virada pra lua, segundo
o testamento da cigana Esmeralda"
Carnavalesco: Leandro Vieira
SINOPSE
Conto, em meio ao carnaval, que uma cigana chamada Esmeralda deixou por escrito um testamento onde constam os ensinamentos para que os sonhos possam ter compreensão, ou a sina de uma pessoa ser revelada. O fato é que esse testamento foi trazido para o Brasil por um grupo de ciganos que, em caravana e ao redor de fogueiras, espalhou festa, música, circo, dança e a crença popular naquilo que o testamento guardava. Conto-lhes então que esse testamento parou nas minhas mãos como uma espécie de manual mágico para a interpretação dos delírios de quem dorme; das datas felizes e azaradas, das linhas que cruzam a palma da mão para traçar destinos e dos planetas que se movem. Ao lê-lo, desde então, quero a alegria de adormecer nos braços de Morfeu pra colher um sonho bom, tal qual consta nas linhas escritas pela cigana. Sonhar com cisne pra esperar candura. Com rosa encarnada, pra ser feliz sem demora. De olhos fechados, sonhar com urso ou macaco, para que, de olhos abertos, eu possa botar fé no jogo certo. Ganhar na dezena e na centena. Quebrar a banca quando der doze no milhar e, na véspera, em sonho, eu avistar um elefante. Ciente do que diz o testamento, peço apenas que com pressa me acordem caso, em sonho, o vulto de um sultão vier me visitar.
Sei de cor e salteado (e foi lendo o testamento da cigana que eu aprendi) que há dias nos quais o azar se põe a espreitar. Por isso, malandro que sou, piso manso pra não vacilar. Espero aquilo que não se antecipa nem se atrasa. O que é meu - a cigana me contou - tem data e hora marcada pra chegar. Tá escrito na palma da mão que a linha da fortuna vai fazer valer o meu corre-corre pra não deixar a peteca cair. Que a linha da vida é forte e que a linha do amor é fino traço, quase corda bamba, onde é bom se equilibrar com a expectativa de não cair, enquanto espero que pinte aquele sorriso que vai pintar a vida que eu quero (e que todo mundo quer) de rosa.
Sei de cor e salteado (e foi lendo o testamento da cigana que eu aprendi) que há dias nos quais o azar se põe a espreitar. Por isso, malandro que sou, piso manso pra não vacilar. Espero aquilo que não se antecipa nem se atrasa. O que é meu - a cigana me contou - tem data e hora marcada pra chegar. Tá escrito na palma da mão que a linha da fortuna vai fazer valer o meu corre-corre pra não deixar a peteca cair. Que a linha da vida é forte e que a linha do amor é fino traço, quase corda bamba, onde é bom se equilibrar com a expectativa de não cair, enquanto espero que pinte aquele sorriso que vai pintar a vida que eu quero (e que todo mundo quer) de rosa.
Pesquisa, desenvolvimento e texto: Leandro Vieira.
FICHA TÉCNICA
Fundação: 06/03/1959
Cores: Verde, Branco e Ouro
Presidente de Honra (In Memoriam): Luiz Pacheco Drumond
Presidente: Cátia Drumond
Carnavalesco: Leandro Vieira
Mestre de Bateria: Lolo
Rainha de Bateria: Maria Mariá
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro
Comissão de Frente: Marcelo Misailidis
Quadra: Rua Prof. Lacê, 235 - Ramos - Rio de Janeiro - RJ -
CEP. 21.060-120
Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 02) - Rua Rivadávia Correa, nº 60 - Gamboa - CEP: 20.220-290
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